Prevenção da gravidez na adolescência

Falar de prevenção é uma das minhas missões e como gineco isso começa pela conscientização da gravidez na adolescência. Afinal, todas nós sabemos do impacto da gestação na vida de qualquer mulher. Imagina para uma menina de 14…16…18 anos.

Eu defendo que falar sobre o assunto não estimula que elas tenham relações mais cedo, mas que tenham mais conhecimento para estarem preparadas para for acontecer. Se você ainda não conversou com sua filha sobre isso, dê esse passo. Conte com a gineco também para apoiar esse momento!

Mitos e verdades sobre a pílula anticoncepcional

1️⃣Adolescentes podem usar pílula

Verdade. Ao iniciar a vida sexual a pílula pode ser utilizada. A caminha não deve ser dispensado, pois previne Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).

2️⃣Anticoncepcional causa infertilidade

Mito. A pílula até preserva a fertilidade, diminuindo riscos de desenvolver endometriose, cisto no ovário e o aparecimento de mioma e pólipo uterino.

3️⃣A pílula anticoncepcional é segura

Verdade. Ela apresenta 99% de eficácia na prevenção da gravidez.

4️⃣Tomar anticoncepcional engorda

Mito. Atualmente, as doses hormônios estão mais baixas e não provocam alteração no peso.

5️⃣A pílula aumenta o risco de tromboses.

Verdade. Elas são feitas de estrogênio e progesterona, ambos semelhantes aos hormônios produzidos pelo ovário da mulher. Ou, então, apenas de progesterona em dose baixa. Estas substâncias podem causar um desequilíbrio no sistema de coagulação do organismo, aumentando as chances de formação de trombos, que são coágulos no interior das veias.

6️⃣Mulheres que tomam pílula demoram mais para engravidar

Mito. Em geral, a ovulação ocorre já a partir do mês seguinte à parada do anticoncepcional.

Os prejuízos da gravidez na adolescência

Você sabia que 1 em cada 7 bebês nascidos no Brasil são de mães na adolescência? Meninas de 10 a 19 anos que tem a vida transformada com a gravidez. Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, os números vem caindo, mas a cada dia ocorrem mais de mil nascimentos de filhos de adolescentes.

Por que isso é problema? O mais comum é que elas param de estudar e com isso tem mais dificuldades no mercado de trabalho, ganhando salários menores. Além disso, as complicações gestacionais e no parto representam a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos mundialmente. Elas tem maior risco de eclâmpsia, endometrite puerperal, infecções sistêmicas e prematuridade, segundo a Organização Mundial da Saúde. Converse em casa e acredite que a prevenção vai fazer toda a diferença.

Na consulta comigo eu converso sobre gravidez e prevenção assim:

– Costumo perguntar para as mães se as meninas estão tento relação, se contaram e fazem uso de algum método contraceptivo.

– Se mãe não sabe e a menina está junto, tento falar diretamente com a adolescente, pedindo para mãe aguardar na recepção. Também tenho o hábito de falar com elas na sala de exames, longe das mães.

– Eu noto que algumas mães tem dificuldade e preferem não abordar este assunto com as filhas. Elas acreditam que dar um método contraceptivo estimularia a relação sexual precoce ao em vez de prevenir uma gestação.

Eu já disse aqui que como mãe entendo que é difícil falar sobre isso. Como médica também já defendi que quanto mais tarde melhor o início da vida sexual. Porém, essa hora vai chegar e a melhor coisa para todo mundo é que a adolescente encontro um ambiente de diálogo, sem julgamento e com informação. Vamos pensar mais sobre isso?

Implante hormonal é liberdade!

Pode parecer bobagem quando ainda não se experimentou essa sensação, mas não se preocupar diariamente com a pílula é um alívio. Eu digo isso porque no consultório este é um relato frequente das pacientes que optaram por métodos contraceptivos de longa duração.

Os implantes hormonais são altamente eficientes e duram 3 anos, liberando continuamente um hormônio derivado da progesterona – o etonogestrel – na corrente sanguínea. O hormônio bloqueia a ação dos ovários, impedindo a liberação dos óvulos. Ele também aumenta a hostilidade do muco cervical, que passa a ser mais espesso e, portanto, reduz a motilidade do espermatozoide. O bastão, de 2 mm de diâmetro por 4 cm de comprimento, é colocado pelo médico sob a pele do braço. Algumas mulheres poderão ter diminuição ou ausência de menstruação.

Temos que falar sobre a gravidez na adolescência

Na consulta comigo eu converso sobre gravidez e prevenção assim:

– Costumo perguntar para as mães se as meninas estão tento relação, se contaram e fazem uso de algum método contraceptivo.

– Se mãe não sabe e a menina está junto, tento falar diretamente com a adolescente, pedindo para mãe aguardar na recepção. Também tenho o hábito de falar com elas na sala de exames, longe das mães.

– Eu noto que algumas mães tem dificuldade e preferem não abordar este assunto com as filhas. Elas acreditam que dar um método contraceptivo estimularia a relação sexual precoce ao em vez de prevenir uma gestação.

Eu já disse aqui que como mãe entendo que é difícil falar sobre isso. Como médica também já defendi que quanto mais tarde melhor o início da vida sexual. Porém, essa hora vai chegar e a melhor coisa para todo mundo é que a adolescente encontro um ambiente de diálogo, sem julgamento e com informação. Vamos pensar mais sobre isso?

DIU – Menos uma preocupação pra nós!

Trabalho, família, casa…a gente tem tanta coisa na cabeça e ainda precisa lembrar da pílula! A carga mental feminina tem levado muitas de nós à exaustão. Por isso, eu sempre recomendo momentos de autocuidado e soluções práticas para as pacientes. Uma delas são os contraceptivos de longa duração. Afinal, se a gravidez não está nos planos tão cedo, você pode ter uma preocupação a menos.

Vamos saber mais sobre o DIU?

O DIU de cobre impede a passagem dos espermatozoides e age por até 10 anos. Ele não contém hormônios. Algumas mulheres podem notar um aumento do sangramento menstrual. O DIU Hormonal, Mirena ou Kyleena, tem um cilindro contendo o hormônio progesterona, que é liberado por um período de até 5 anos. Muitas pacientes param de menstruar utilizando este método. Os dois estão liberados na amamentação.